dela<
tree | e [vocalização] tirava a água para regar o arroz.
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tree | Em sítios que a água do Mondego não ia.
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tree | E ag-, e [vocalização], e se- semeava-se.
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tree | Depois veio outra outra moda.
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tree | Foi pela A gente semeávamos viveiros e [vocalização] .
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tree | E semeávamos os viveiros – aí também em Março –
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tree | e quando chegava ali ao princípio de Maio, arrancava-se,
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tree | a preparar as terras como era para semear.
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tree | E E depois arrancávamo-lo,
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tree | trazíamos pessoal a arrancar,
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tree | e depois era plantado.
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tree | E depois era:
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tree | água e adubo,
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tree | e aí era criado.
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tree | Aí era tudo…
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tree | INF Não, não.
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tree | Era pa- fora do do arroz.
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tree | INF Depois é que se punham.
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tree | Vinham aqueles ranchos de todo o lado,
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tree | vinham para aqui trabalhar – arrancar e plantar.
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tree | Era a plantação do arroz naquela altura.
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tree | INF Foi.
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tree | Não, não.
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tree | Eu, nos meus princípios, era semeado.
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tree | INF Depois é que veio aqui é que veio essa coisa para plantar…
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tree | INF Plantar-se o arroz,
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tree | que dá mais produção.
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tree | INF E dava, sim senhora.
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tree | Dava mais produção.
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tree | Mas depois, quando começaram a vir as máquinas agrícolas, deixou-se de [vocalização] de semear viveiro.
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tree | Porque as máquinas…
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tree | Há p- máquinas para semear o arroz agora.
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tree | INF Para semear, e para adubar, e para e para plantar e para, para.
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tree | INF Olha, ai!
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tree | Isso era medonho [pausa] para a gente!
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tree | gente não era medonho,
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tree | que a gente estamos habituados naquilo!
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tree | Fazíamos [vocalização] Andavam aqueles ranchos,
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tree | fazíamos uma uns calções,
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tree | INF e [vocalização] e o arroz estava espalhado atrás da gente, e a gente de empreitada.
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tree | [vocalização] Davam a Os patrões davam aquele a quem andava por fora.
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tree | A gente, graças a Deus, não andávamos por fora.
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tree | Andávamos só aos dias por dias umas com as outras.
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tree | INF Mas vinham aqueles ranchos,
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tree | aquelas empreitadas
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tree | e eles plantavam.
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tree | Uma aguilhada, ou duas.
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tree | E depois iam-se embora.
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tree | E elas…
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tree | Aquilo era uma ligeireza!
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tree | Aquilo era uma ligeireza!
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tree | INF Era assim plantado.
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tree | às manzadinhas,
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tree | a m-, [vocalização] a manzada aqui no braço esquerdo e o e a mão direita a plantar:
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tree | tum, tum, tum, tumba!
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tree | INF Era com a mão.
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tree | INF Ficava presa porque já tinha a água.
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tree | INF Era só Era só plantar assim.
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tree | E a gente…
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tree | INF Preparavam-se as ma- –
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tree | é com umas marinas que eu digo –,
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tree | …
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tree | E aquilo parecia as marinas do sal.
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tree | Depois a gente plan- distribuíamos o arroz.
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tree | E então cada qual agarrava a sua coisa
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tree | e era…
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tree | E quando era de empreitada aquilo era medonho!
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tree | Era medonho andar a espalhar o arroz atrás delas, das mulheres.
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tree | Porque elas o que queriam era [vocalização] fazer o serviço
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tree | e depois iam-se embora.
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tree | INF Pois.
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tree | INF Quanto ficava aí…
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tree | Chegámos a Chega a se-, a vi, aí, a [vocalização] já aí a vinte de Setembro.
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tree | Ceifa Ceifava-se nessa altura.
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tree | INF Não senhora.
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tree | Quando ele começa a a [vocalização] enleirar, que ele começa a vingar, a água é fora.
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tree | INF Tira-se:
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tree | o regadio.
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tree | Porque agora temos [vocalização]…
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tree | altura [pausa] era duma maneira,
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tree | agora já é doutra.
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tree | altura tínhamos de fazer represos no rio Mondego,
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tree | e tinha uns cubos a atravessar a a mota,
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tree | e cada qual dos lavradores que pertenciam àquela área [vocalização] iam fazer os represos no rio
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tree | e a água vinha para fora.
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tree | INF Sim, sim, sim com.
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tree | Mas era com com lenha.
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tree | INF E areia.
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tree | Era com lenha e areia.
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tree | INF Para a água ficar presa para sair depois.
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tree | INF Cada qual tinha tínhamos aquelas…
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tree | Era umas, era [vocalização] Agora por exemplo aqui era um, [vocalização] aqui na nossa terra,
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tree | depois em cima era outro.
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tree | E era na área dos que regavam dali é que faziam o represo.
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tree | INF Aquilo antigamente era assim.
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tree | Agora depois agora já é doutro formato.
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tree | INF Quando o arroz começa a alourar…
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tree | INF É para Não.
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tree | Fim Agosto.
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tree | E f- No fim de Agosto, ele começa a virar;
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tree | depois aí em meados de Setembro…
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tree | Aí [vocalização], em meados de Setembro, já quem semeia mais cedo já começa a ceifar.
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tree | C- Começávamos a ceifá-lo à mão.
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tree | Co- Era com as foicinhas [pausa] que a gente o cortava, naquela altura.
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tree | Porque agora agora – que eu depois explico-lhe como é agora…
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tree | [vocalização] Depois a gente ceifava-o,
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tree | ficava a resteva para [vocalização], para para secar.
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tree | Era,
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tree | Eledava muito trabalhinho!
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tree | Depois íamos atá-lo.
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tree | Íamos atá-lo ao fim de dois dias ou três, conforme o sol estivesse.
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tree | Íamos atá-lo,
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tree | depois 'trazíamo-no' para casa.
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tree | Depois botávamo-lo assim ao todo ao alto na eira,
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tree | o gado [vocalização] a, para o para o malhar.
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tree | E a gente com os malhos:
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tree | tumba, tumba!
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tree | Malhos de madeira, que ainda aí tenho um de malhar o feijão.
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tree | INF Mas é que se eu se eu agora o encontrasse!…
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