tree | INF1 Era só aquelas duas caixas ali…
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tree | INF1 E esta aqui era do azeite.
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tree | INF1 E ele a água vinha no cimo do azeite e ia para aquela [vocalização] no cimo da água
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tree | e ia para aquela poça.
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tree | E quando aquilo estava cheio, tinha lá um coadoirozinho,
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tree | até era:
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tree | aquilo abetouros.
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tree | INF1 Abetouros.
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tree | INF1 Abetouro.
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tree | A gente punha lá assim
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tree | e aquilo ia passando aqui já meio coado – o azeite, meio coado.
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tree | E estava então a correr por uma calezinha, para aqui para outro pio.
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tree | E o lag-, e o E o chefe do lagar, o autor, estava ali a ver correr aquela mercadoria toda.
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tree | Com o calo e com a prática via quando já estava a água.
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tree | INF1 E quando era a água, abria a torneira aqui por baixo,
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tree | [pausa] e saía a água.
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tree | INF1 E lá vendo que estava já uma certa fundura, tapava outra vez,
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tree | tornava a encher.
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tree | INF1 Tornava a encher.
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tree | E depois em vendo que precisava lá de outra coisa, [vocalização] consoante a porção que tinha, além do lag- do azeite que havia de sair…
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tree | INF1 Porque o que vale é o calo e a prática.
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tree | INF1 E depois ele tornava a sangrar,
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tree | tornava a bater.
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tree | Quando acabava aquela mercadoria toda, [pausa] iam indo chamar os fregueses.
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tree | Mas quando iam chamar os fregueses, o lagareiro já sabia o que lá estava.
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tree | Já sabia os l- os litros que lá estavam ou os alqueires.
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tree | INF1 Nós cá era alqueires.
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tree | INF1 Era.
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tree | INF2 Sim, sim.
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tree | INF1 É um cantarito [pausa] que lá têm de medida,
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tree | chamavam aquilo o alqueire.
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tree | INF1 Pois.
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tree | INF2 Sim, sim, sim.
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tree | INF1 E ele depois, o lagareiro, com a prática, com o calo, que já tinha…
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tree | Porque um andava uma porretada de anos.
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tree | INF1 E E depois ele, então, via com:
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tree | "Olha, vê lá, tenho de chamar fulano".
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tree | Têm uma relação.
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tree | "Chamar fulano, chamar aquele, chamar aquele" –, que era os donos do, do do lagar.
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tree | E eles ele não media,
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tree | não mexia no azeite, sem ali estarem todos.
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tree | INF1 E depois então, cada um trazia a sua vasilha,
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tree | e ele via na relação os quilos da azeitona que tinha para lá dado.
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tree | INF1 Tiravam a percentagem deles: [pausa] da lenha [pausa] do…
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tree | E para o patrão, por exemplo, eram três, [pausa] a metade era do patrão,
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tree | e a outra metade era a dividir por por os outros.
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tree | INF2 Por os lagareiros.
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tree | INF1 Por os lagareiros que lá estavam.
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tree | Tosse E ali no Tortosendo, [pausa] para onde nós dávamos agora estes últimos anos, nunca ia lá ninguém ao azeite.
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tree | Pagava com o dinheiro ao fim do tempo.
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tree | INF1 Que era ele para não andarem lá a roubar.
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tree | INF1 Porque o senhor, na idade em que está, deve saber bem:
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tree | nunca tenha dó daquele que faz folhas.
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tree | INF1 Pois.
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tree | INF1 Nunca tenha dó daquele que faz folhas.
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tree | Aquele que faz férias, para ele sempre lá há.
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tree | INF1 E ele, aquele também não quer cá ninguém ao azeite.
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tree | INF1 Ele paga tanto por mês, ou por dia, ou por semana.
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