| tree | INF Agora ele era no domingo…
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| tree | Isto já se falámos da distribuição da carne no sábado.
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| tree | INF No domingo, eu vou para lá de manhã, [pausa] como mestre da função, e mais pessoas convidadas para ajudar,
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| tree | a gente vai buscar a carne donde ela está;
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| tree | a gente arma dez, doze panelas de ferro grandes de cinquenta litros, cada uma;
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| tree | tenho homens que vão buscar-me lenha para ao pé, outros a acartar água – não é? –,
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| tree | outros vão buscar as mesas,
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| tree | outros vão buscar a carne,
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| tree | deitam em cima das mesas;
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| tree | aquela carne é toda lavada;
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| tree | e depois de ser lavada, é deitada nas panelas,
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| tree | [vocalização] deita-se os temperos dentro…
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| tree | Não sei se quer que lhe diga os temperos que é que se vai deitar dentro?
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| tree | Quer?
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| tree | Pois os temperos, em cada uma panela dessas de cinquenta litros, leva uma cebola e meia grande, seis dentes de alho, meio litro de vinho branco, [vocalização] duzentas e cinquenta gramas de toicinho de fumo, uma barra de manteiga até não cozer bem a carne – quando a carne está bem cozida leva mais uma barra de manteiga, vêm a ser duas barras –, sal,
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| tree | tal e qual o paladar que a pessoa tenha é que vai temperando,
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| tree | tal e qual precisa;
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| tree | e [vocalização] depois de a carne estar cozida, a gente deita-lhe molho da alcatra dentro.
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| tree | Que vem a ser umas alcatras de batacozes que se faz, que seja a mão de vaca.
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| tree | Que ele no continente não sei se dizem que é [pausa] geleia de vaca, ou qualquer coisa assim parecida;
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| tree | a gente aqui chama-lhe é batacozes.
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| tree | INF Batacozes.
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| tree | É as mãos de vaca;
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| tree | a gente faz umas alcatras donde tira esse molho para a sopa;
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| tree | [pausa] a gente deita-o na panela;
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| tree | quer dizer, água, deita-se a que precisa – não é? –, e [vocalização] meio litro de vinho branco – parece-me que já [pausa] repeti isso.
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| tree | E [vocalização] quando a carne está cozida, a gente tira a carne;
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| tree | e depois de tirar a carne é que a gente faz um tempero final.
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| tree | A gente [pausa] tempera…
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| tree | Eu tempero as panelas todas,
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| tree | provo
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| tree | e acho uma ou outra um pouco mais insonsa,
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| tree | já não vou-me temperá-la para as outras.
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| tree | Com uma concha, passo-as todas de uma para a outra,
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| tree | é uma mistura,
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| tree | e depois então torno a provar, porque ele pode haver uma que tenha um bocadinho de mais e outra que tenha de menos.
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| tree | E assim, eu misturo o caldo todo
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| tree | e dá o paladar todo por igual.
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| tree | Quer dizer, e depois é que a gente então tira as sopas.
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| tree | altura, enquanto a sopa se cozeu, [pausa] a gente tivemos várias pessoas a picar sopas e [vocalização] encher as terrinas, que são aquelas que estão ali.
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| tree | A gente tem aquelas pessoas a encher as terrinas
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| tree | e [vocalização] quando está tudo preparado, a gente tira a sopa
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| tree | e abafa.
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| tree | Ora, depois de a gente abafar a sopa, já temos a carne abafada – porque foi cozida,
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| tree | e depois é que se preparou a sopa.
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| tree | Temos então é os homens a deitar as mesas: toalhas, copos, gardana- – oh, diacho!, guardanapos, bem digo –, e [vocalização] os talheres completos, e a encher os jarros de vinho para distribuir nas mesas, preparar as travessas para encher a carne, preparar o pão de leite para poder deitar nas mesas.
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| tree | Quer dizer, todas essas coisas que são necessárias, as pessoas que estão a ajudar a trabalhar vão preparando tudo para quando chegar à altura do banquete, a gente não estar à espera duma coisa ou outra.
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| tree | Já está tudo em ordem para quando começar o banquete,
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| tree | pega tudo a seguir.
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| tree | É a razão, é o Quer dizer, o estilo cá do nosso jantar do Espírito Santo é este.
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