tree | INF Vinha um senhor de Lisboa para aqui
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tree | e vinha todos os anos passar férias.
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tree | Mas é com verdade!
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tree | INF Que lha conto como…
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tree | [pausa] Férias de Lisboa, aqui, n- neste tempo!
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tree | E um domingo toca o sino.
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tree | Cá, por exemplo, vá, toca de bombo para ir à missa, quem quer ir.
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tree | O senhor se quer ir, vai
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tree | e se não quer ir, ficou.
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tree | E o homenzito, coitadito, até era manquito – ele na minha casa não bebeu – ,
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tree | e aprontou-se num instantinho para ir à missa.
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tree | Ora, cá não há casas de de esgoto.
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tree | Não há casas de nada disso.
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tree | É uns para aqui, outros para ali, para onde se escapam, ao esconderijo.
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tree | E o homenzinho deu-lhe vontade –
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tree | é assim mesmo,
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tree | pois dá a todos – de ir dar de corpo,
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tree | e vai num instante ao pé da igreja,
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tree | ali a um [vocalização] a um sítio esconderijo.
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tree | E lá, depois, [pausa] foi limpar no – para lhe pedir licença –,
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tree | vai limpar o rabito
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tree | e enrodilha as suas urtigas.
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tree | Nós lhe chamamos urtigas.
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tree | …
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tree | O homem era manco,
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tree | fugiu,
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tree | ele fugiu, que:
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tree | "Ai Jesus"!
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tree | "Ai, que ervas aqui há"!
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tree | INF "Que ervas aqui há"!
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tree | "Que ervas aqui há"!
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tree | Lá se vai lavar,
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tree | faz ferver a água,
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tree | faz tudo…
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tree | INF Olhe, chama-se-lhe as urtigas.
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tree | INF É?
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tree | Então olhe, bote-me aqui outra pinga,
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tree | mas olhe que não lhe ensino mais nenhuma.
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tree | Já que não vocês não me ensinam a mim…
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