tree | INF1 Logo uma uma senhora que lá ia uma vez que eu lá ia – e tinha o homem preso na na Covilhã – e, coitada, com a precisão de o ganhar como ela como ela [vocalização] tinha, e e levava um carrego tão grande, e deixou-o cair.
|
tree | E levava o rio, na altura, levava muita água
|
tree | e foi-se-lhe tudo embora: os frangos e os ovos e tudo,
|
tree | tudo embora com tanta precisão de o ganhar, coitadinha!
|
tree | |
tree | INF1 [vocalização] Aquilo era muita água.
|
tree | Havia muitas que não eram capazes de o pa- de o passar,
|
tree | e eu [vocalização] e eu botava o meu carrego no no cabo…
|
tree | vezes, a minha mãe dizia assim: "Eu não sei como a minha filha é capaz de assim passar tanta coisa"!
|
tree | Eu i-, eu ali Eu ia ali parecia que era uma máquina por aquela tábua fora.
|
tree | Ia lá pousar o meu carrego
|
tree | e vinha buscar duma;
|
tree | depois ia-o lá levar,
|
tree | vinha buscar doutra;
|
tree | vezes passava uns poucos de carregos primeiro que dali saísse para fora.
|
tree | E, e e-, e eu, então Olha que se fosse no dia de hoje, já não era capaz de lá passar!
|
tree | |
tree | INF1 Tinha…
|
tree | |
tree | INF1 Ma-, ma- Aquilo eram poucas, às vezes, que eram capazes de os passar.
|
tree | |
tree | INF1 Ainda Ainda elas o levavam;
|
tree | em estando cá em terra, já o levavam.
|
tree | INF2 Não havia tanto acidente como há agora.
|
tree | |
tree | |
tree | INF1 Íamos lá!
|
tree | De Inverno, era uma barca assim grande.
|
tree | Mas [vocalização] ele a gente, [vocalização] o mais do tempo, estava…
|
tree | É como ali apanhava assim muito bando…
|
tree | Passava muito água debaixo daquela daquelas pontes!
|
tree | Tinham Botavam aquelas pontes assim muito no seco, muito no seco.
|
tree | Eu passava passava lá tanto carrego!
|
tree | vezes, começavam [vocalização] por o caminho a arriba,
|
tree | já diziam: "Esta menina hoje há-de-me passar o meu carrego".
|
tree | Outra vez, outra: "Ai, eu, também há-de ver se me passa o meu que eu não sou capaz".
|
tree | |
tree | INF1 E eu tinha aquela calma,
|
tree | .
|
tree | Pois,
|
tree | a gente tudo é [vocalização]…
|
tree | Ninguém se arrependa de fazer bem.
|
tree | |
tree | INF1 Tudo era esmola.
|
tree | INF2 E mãe, [pausa] iam a pé à Pampilhosa.
|
tree | INF1 Íamos a pé à Pampilhosa?!
|
tree | Íamos a pé e [vocalização] …
|
tree | INF2 À [NPR], não é?
|
tree | INF1 E e, e fui fui umas poucas de vezes a Arganil, [pausa] a pé.
|
tree | |
tree | INF1 E a E a Coja.
|
tree | Ia, com licença de vossemecês, lá comprar os porcos, para mor de os matar, quando vinham cá os manadeiros, [vocalização] quando não vinha cá os carros.
|
tree | altura, não havia cá estradas…
|
tree | |
tree | INF1 Era os homens que andam a vender os porcos.
|
tree | |
tree | INF1 Pois,
|
tree | eram os [vocalização] os manadeiros.
|
tree | |
tree | INF1 Não.
|
tree | |
tree | INF1 [vocalização] A gente comprava.
|
tree | .
|
tree | …
|
tree | |
tree | INF1 Pois,
|
tree | pequenos.
|
tree | É.
|
tree | |
tree | INF1 Compra-os<
tree | e ao cabo…
| tree | INF2 Já houve mas pouco.
| tree | INF1 Já cá houve mas pouco.
| tree | Aquilo [vocalização] ainda dão muita despesa para se criarem e tudo,
| tree | e não querem andar com aquele trabalho.
| |