| tree | INF1 Chega-se ao Natal, oito dias antes do Natal, quinze dias antes do Natal…
|
| tree | |
| tree | INF1 É o dia da morte do porco.
|
| tree | |
| tree | INF1 Amassa-se o nosso pão.
|
| tree | Quem tem pão, farinha de casa.
|
| tree | o nosso pão,
|
| tree | o nosso pão, dum dia para outro, preparado.
|
| tree | Ti- Quem tem vinho tira dois, três garrafões de vinho,
|
| tree | põe ali…
|
| tree | |
| tree | INF1 E o que é que se faz?
|
| tree | vezes…
|
| tree | |
| tree | INF1 Vem matar o porco, já se sabe…
|
| tree | |
| tree | INF2 Matador.
|
| tree | INF1 É o matador [pausa] é o matador.
|
| tree | , olhe, faz-se o nosso comer, ou o nosso almoço…
|
| tree | Quando o porco é morto de manhã, [pausa] faz-se almoço de [vocalização] às vezes de peixe, que é por causa de na parte da tarde ser o sarapatel, [pausa] da fressura do porco.
|
| tree | E quando é na parte da tarde, é espera-se que eles abram o porco e tire tirem a fressura – como a gente lhe chama –,
|
| tree | já temos o sangue a escaldar, [pausa] para [vocalização] esfarelar, para deitar naquele guisado
|
| tree | e depois está o guisado pronto.
|
| tree | [pausa] Põe-se tudo na mesa, com semilha, com cenoura, com a…
|
| tree | |
| tree | INF1 Abre-se o curral,
|
| tree | eles pegam com uma cordinha,
|
| tree | aí uns quatro ou cinco homens deitam o porco no chão e [vocalização] [pausa] …
|
| tree | E lá vai,
|
| tree | lá ele vai.
|
| tree | O matador mata.
|
| tree | INF3 E pronto e mata-se.
|
| tree | INF2 Mas até é engraçado.
|
| tree | |
| tree | INF1 Agarram nas pernas,
|
| tree | agarram no rabo e…
|
| tree | |
| tree | INF1 O sangue?
|
| tree | É qualquer uma rapariga que [vocalização] não tenha [vocalização] , ou rapaz, que não tenha medo!
|
| tree | INF2 Rapariga ou rapaz!
|
| tree | |
| tree | INF2 Uma vasilhinha qualquer.
|
| tree | INF3 Uma banheira.
|
| tree | INF1 Leva uma banheirinha.
|
| tree | E chega a dentro de casa,
|
| tree | a gente faz-lhe uma cruz, naquele sangue,
|
| tree | aquilo faz um…
|
| tree | |
| tree | INF1 Uma banheira sem nada dentro.
|
| tree | |
| tree | INF1 Nada.
|
| tree | Aí chega-se a dentro de casa,
|
| tree | [pausa] uma cruz naquele sangue,
|
| tree | aquele sangue parte,
|
| tree | fica em quatro quartos
|
| tree | e depois descansa um pedacinho;
|
| tree | ,
|
| tree | a água na panela
|
| tree | e deita-se a água dentro da panela ,
|
| tree | [pausa] deita-se aquilo dentro da panela,
|
| tree | aquilo coze;
|
| tree | depois esfarela-se, noutra vasilhinha [vocalização], fora, noutra banheirinha
|
| tree | e depois – quando [vocalização] a fressura [vocalização] também [vocalização] vem do porco – [pausa] é deitada dentro da panela para escaldar.
|
| tree | Depois é tirada,
|
| tree | um banho em água fria para arrefecer, para a gente cortar tudo aos bocadinhos e [vocalização] cozer com cenoura, com semilha ou com tomate ou…
|
| tree | |
| tree | INF1 Isso é que é o sarapatel.
|
| tree | [pausa] É um jantar.
|
| 