tree | Eles, coitadinhos, a gente cria-os<
tree | e depois vê-os vê-los assim morrer à violência;
| tree | é triste.
| tree | [vocalização] Eu, [vocalização] fugia!
| tree | Eu não os queria ver [vocalização] ap- agarrar, coitadinhos.
| tree | A gente [vocalização] chamava-os para o quintal:
| tree | "Andai Anda cá, coitadinhos".
| tree | Eles, então, deitavam-se ao pé da gente:
| tree | "ah, ah, ah".
| tree | A gent- A gente ranhava-os<
tree | e eles então abriam as pernas.
| tree | [vocalização] Quando eles vinham para os matarem, não era preciso andar atrás deles.
| tree | Eu chamava só:
| tree | "Pequerruchos, pequerruchos, pequerruchos".
| tree | E eles então vinham para o quintal.
| tree | Chegavam,
| tree | [vocalização] mas os homens não estavam lá.
| tree | Tinham que estar [pausa] que que ele os [vocalização] porcos não os vissem.
| tree | [vocalização] Agarrava logo um numa perna, outro noutra, outro no rabo, outro na- [vocalização] nas orelhas –
| tree | toca para cima do banco.
| tree | vezes, ele até botava pouco sangue, porque aquilo era de súbito.
| tree | E depois, com uns alguidares, a gente botava-lhe sal, um bocadinho de alho, folha de loureiro, uma es- uma espiguinha de centeio, que era para, para para o sangue [vocalização] tomar melhor.
| tree | Depois a gente tinha já os potes da água a ferver;
| tree | para cima,
| tree | porque eles depois, [pausa] dês que estão os porcos [pausa] já mortos, [vocalização] tratam de de lavar um lado, não é?
| tree | Quando o viram para o outro lado, tem que a gente vir com um prato de de sangue cozido [pausa] e uma, e uma garra- uma caneca de vinho e uns copos num prato, para eles comerem comer o bocado de sangue cozido e a pinga.
| tree | Depois lavavam o out- Quando lavasse lavassem o outro lado, [pausa] tornavam a beber,
| tree | [pausa] mas já não comiam sangue.
| tree | Depois, ia-se pendurar,
| tree | pendurava-se até [vocalização] alguns aqui, outros em baixo.
| tree | Chegámos a matar aos quatro.
| | |