| tree | INF Ora, depois, semeia-se o linho
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| tree | mas passado três dias tem que se [pausa] engaçar.
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| tree | Depois, fica talhado às embelgas.
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| tree | Com aquele engacinho, engaçam-se as embelgas que a gente quer engaçar para depois o regar.
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| tree | Porque é com [vocalização] [pausa] com o que chamávamos-lhe engaços.
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| tree | de ferro,
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| tree | de pau, não é?
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| tree | E a gente engaçava
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| tree | e depois [vocalização]…
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| tree | Por exemplo – esta cozinha não é? –, vai assim agora para diante
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| tree | mas só engaçamos metade para ali, outra metade para aqui.
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| tree | Que é para ir depois a augueira pelo meio
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| tree | [pausa] e depois ficam os regos assim…
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| tree | [vocalização] Os en- Os dentes do engaço fazem [vocalização] aqueles sulquinhos
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| tree | e vai-se por aquela augueira do meio,
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| tree | para um lado
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| tree | e rega-se para o outro, o linho.
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| tree | Se tiver erva, monda-se.
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| tree | [vocalização] Costuma muito ter o joio –
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| tree | o linho o que dá é joio.
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| tree | Depois [vocalização], cresce,
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| tree | regando, até que cresce e até que floreia.
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| tree | Depois de florido – a flor é é roxinha, uma flor muito linda –, [vocalização] depois de- de florido, baga.
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| tree | Toma assim umas…
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| tree | Nem sei…
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| tree | Vá…
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| tree | Eu, eu se tivesse, mostrava-lhe mesmo uma…
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| tree | Dão assim umas coisinhas,
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| tree | parecem chatas, assim,
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| tree | baga.
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| tree | Aquilo baga.
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| tree | Depois, arranca-se.
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| tree | Quando está louro, arranca-se.
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| tree | E põe-se em maçadeiros.
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| tree | Depois de se pôr em maçadeiros, [pausa] seca seca.
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| tree | Depois seca.
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| tree | Depois de lhe tirar o linho, quer dizer, põe-se assim a secar que é para que o linho abra e que caia, para lhe tirar a linhaça, a semente.
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| tree | INF Quer dizer, arranca-se, não é?
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| tree | Depois, [vocalização] se tiver erva, a gente até nos pró- pois fazem-se assim uns maçadeirinhos –
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| tree | ou seja, o linho o linho galego não é mais comprido que assim isto –
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| tree | aqui os maçadeiros,
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| tree | um uma erva…
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| tree | |
| tree | INF É um molhinho, pois.
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| tree | É aí uma dúz-…
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| tree | Quantas, quantas Quanto linho cresço?
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| tree | Uma dúzia, ou duas ou três ou quatro de maçadeiros, pronto.
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| tree | INF Depois põe-se, então, em cima de uma manta, [pausa] uma lona ou qualquer coisa
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| tree | e põe-se…
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| tree | INF Uma manta que lhe chamamos nós lonas, assim umas mantas grandes.
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| tree | INF E põe-se a cabeça do linho…
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| tree | [pausa] Quer dizer, eu já nem estou aqui bem certa
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| tree | mas acho que [pausa] é para cima.
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| tree | a cabeça do linho para cima.
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| tree | Depois, abre.
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| tree | Em estando aberto, a gente 'sacude-a'.
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| tree | Vira Vira a cabecinha para baixo,
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| tree | para que caia a linhaça.
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| tree | INF Depois, ap- torna-se a apertar, porque depois seca e aperta e leva tem que se levar à laga, ao rio.
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| tree | E está lá – não sei se são três dias e três noites – numa água a correr, [pausa] numa água sempre a correr.
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| tree | Depois dos três dias, a gente vai então a desenlagar o linho.
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| tree | Mete-se Porque ele tem que ser metido numas poças de água com pedras em cima.
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| tree | Passado uns três dias, a gente vai lá e e enxagua, enxagua bem naquela água a correr,
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| tree | aquela borraça toda,
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| tree | fica então o linho com o tasco.
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| tree | [pausa] Fica o tasco por fora.
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| tree | E [vocalização] depois, então, em estando enxuto – ainda tem ainda ficou com as raízes de o arrancarem –, quando estiver enxuto, maça-se.
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| tree | joga – põe-se uma joga –, põe-se lá um maçadeiro.
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| tree | [vocalização] Depois há há uns maços assim de de madeira…
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| tree | INF É assim mais ou menos.
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