tree | INF1 A minha mulher – Nosso Senhor a tenha lá em descanso – já se foi embora, coitada.
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tree | Não, não Não esperou por mim.
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tree | Antes me ela levasse!
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tree | Que Porque eu não me dou mal aqui!
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tree | INF1 Não me dou mal,
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tree | mas já tenho muitos dias.
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tree | Já tenho muitos, já Já é dias a mais.
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tree | Já podia dar os meus dias a a outro, que estou velho!
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tree | INF1 Pois.
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tree | [vocalização] Foi Foi lá criada nessa casa [pausa] desses patrões que lá estavam.
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tree | INF1 Mas o alemão é que comprou.
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tree | INF1 Isso foi vendido.
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tree | Há Há uma outra quinta do lado de baixo, que era da senhora dona Hersília, que era, era era uma irmã daquele que vendeu aquilo, que era o doutor Heitor.
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tree | Que o tal doutor Heitor era o doutor de mal de peles.
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tree | E é onde esta miúda, o pai veio para lá para para feitor, esta rapa- miúda que está aqui, para lá.
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tree | INF1 E eu fui lá cinco anos fazer o vinho.
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tree | [pausa] Fui lá fazer o vinho, para para coiso.
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tree | Porque o vinho lá [pausa] dele [vocalização] que é [vocalização]…
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tree | Aqui em cima tem um depósito aonde.
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tree | Não sei se lá foram para dentro.
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tree | Ainda não foram?
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tree | INF1 Se entrarem ao portão para dentro…
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tree | INF1 Se entrarem ao portão para dentro, há,
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tree | hav- havia…
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tree | Bom, aquilo agora é capaz de estar modificado.
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tree | A gente entrava ao portão para dentro,
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tree | havia dali umas pocilgas, umas coisas, de galinhas, e essa coisa toda que governava.
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tree | E havia depois, mais adiante,
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tree | havia uns degraus a descer para baixo,
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tree | e desses degraus até lá acima ao tanque – chamava-lhe a gente o tanque regal de regar.
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tree | É um tan- Há-de lá estar.
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tree | Ele Ainda ele há-de estar que eles não não o esbandalharam.
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tree | INF1 Chamam-lhe o tanque regal de regar, que tem uma mina,
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tree | vem a água para lá.
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tree | Uma mina que há lá acolá para cima para o pinhal, tudo, vem para esse tanque.
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tree | [vocalização] Tem uns degraus ao lado.
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tree | a gente o tanque regal de regar.
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tree | E E até esse tanque, desde esse degrau assim para baixo, esse tanque, havia ali uns buxos,
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tree | faziam assim um arco.
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tree | INF1 Não sei se ainda lá estão, se não estão.
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tree | INF1 Se lá forem deitar a cabeça, vêem.
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tree | Havia uns buxos que fazia assim um arco.
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tree | Aquilo é como um túnel.
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tree | Tudo.
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tree | INF1 Quando a gente saía aí…
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tree | [pausa] Isso era para cima.
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tree | Quando ia para baixo, há um outro tanque mais em baixo, também porque regava depois uma uma parte que havia do lado de baixo, que é que era já depois para a outra irmã, que era a senhora dona Hersília, que é que é da outra quinta [pausa] que está daquele lado, do lado de baixo.
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tree | INF1 Esse prédio já foi feito já…
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tree | Não foi já pelos av- pelos pais dela,
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tree | foi por ela é que foi feito.
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tree | De maneira que há esse tanque aí.
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tree | Até lá tem canas-da-Índia!
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tree | Tinha lá.
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tree | Não sei se ainda lá estará, se não.
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tree | INF1 Eu corria aquilo tudo ali!
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tree | Eu sabia mais do que vocês vêem.
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tree | INF1 O senhor doutor Heitor…
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tree | INF2 Aquilo também.
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tree | INF1 O senhor doutor Heitor quando era vivo – ele era do mal de peles.
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tree | Ele estava casado com uma senhora que [vocalização]…
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tree | O senhor doutor Helámio.
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tree | Então, vocês também não conheceram um médico que havia lá, em Lisboa, que era o doutor Helámio.
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tree | Era um Era cirurgião, o tipo, até!
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tree | Era Era professor do dos médicos [vocalização], ele.
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tree | Era.
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tree | Era o senhor doutor Helámio.
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tree | E tinha uma senhora,
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tree | ela talvez fosse do seu corpo, assim pequenina!
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tree | Pois.
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tree | INF1 Que era Que era a senhora dona Hortênsiazinha.
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tree | Era, era Era mulher dele.
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tree | Era filha do tal doutor.
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tree | E veio E veio uma senhora da Suíça para cá tratar-se da garganta com ele.
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tree | INF1 Quer dizer, pois, as senhoras desculpem.
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tree | As meninas desculpem,
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tree | o que é a gente tem que tem que ser português.
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tree | INF1 Temos que ser português.
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tree | [vocalização] Engraçou com com ele e ela engraçou com e ele engraçou com ela.
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