tree | INF1 E este arroz plantado dá sempre mais produto que o que dá o semeado.
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tree | Mas o que é é que, hoje em dia, o pessoal não…
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tree | INF1 O pessoal não dá, não é?
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tree | Pois, não se arranja pessoal, não é?
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tree | E as jornas estão muito caras
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tree | e então não dá [pausa] para fazer isso.
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tree | De forma que quando o arroz estando estando agarrado [vocalização] começa-se a mondar.
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tree | E depois de mondar, começa-se a adubar,
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tree | é consoante conforme ele estiver.
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tree | Se acaso [vocalização] Se se vê que está bom, que aguenta só uma adubação, leva só uma adubação;
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tree | se se vê que tem de levar duas adubações, tem que levar.
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tree | A cor dele depois é que manda, está a perceber?
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tree | INF1 Se ele estiver negro como aquele está, não precisa de levar mais cobertura nenhuma – nós chamamos-lhe dar uma cobertura de adubo;
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tree | se ele estiver amarelo, pois tem de levar.
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tree | INF1 Dava-se tudo.
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tree | INF1 Era.
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tree | Tem sido sempre, sempre, sempre, sempre.
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tree | INF1 E até antigamente antigamente havia um adubo, que a gente chamamos cá o adubo preto – e era adubo preto mesmo –, para matar a bicheza.
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tree | Esse adubo era mesmo próprio para para matar a bicheza, para não cortar a planta, não é?
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tree | Hoje em dia já quase que não se usa.
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tree | Que eu lembra-me,
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tree | tempo, até um senhor que fosse semear aquele adubo era avisado logo:
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tree | nem podia dormir com a mulher e nem podia beber bebida nenhuma.
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tree | [pausa] Era avisado logo.
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tree | INF1 Não sei lá.
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tree | Era uma química qualquer que naturalmente podia infectar o sangue da pessoa, não é?
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tree | INF1 Pois.
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tree | De forma que isso desistiu,
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tree | não sei porquê.
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tree | Mas isso era até um adubo que dava muita força à terra
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tree | e [vocalização] o [vocalização] a bicheza não cortava.
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tree | Vamos assim:
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tree | a minhoca não cortava o arroz, não é?
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tree | INF1 E hoje E hoje corta muito não sei porquê, essa coisa.
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tree | De forma que [vocalização], assim a respeito das químicas, depois mais tarde é que apareceu isso de se dar com um motorzinho.
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tree | catorze por cento ou [vocalização] oito por cento,
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tree | era consoante a erva que estava.
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tree | Mas catorze por cento era um nada demais, que ainda houve alguns que queimaram as searas.
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tree | Até o último ano que eu andei [vocalização] andei com pessoal na ao pé da fábrica do do tomate – que é esse tomate de Alcácer –
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tree | Que o próprio engenheiro quando ensinou a gente, era para dar oito por cento;
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tree | não era catorze.
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tree | Mas tinha o azevém – que é que é uma erva muito grande que se cria dentro do arroz –,
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tree | e ele tinha medo de aquilo não se perder, e vá.
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tree | Depois veio um calor [vocalização] muito forte,
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tree | cozeu o arroz, algum arroz já a deitar a a espiguinha, vamos assim, a espiga – não é? –, para fora.
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tree | INF1 De forma que assim sobre isto, pois, [pausa] a senhora depois informa-se então noutro aí com outro seareiro que tem mais…
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tree | INF2 Ah, sabe melhor do que tu.
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tree | INF1 Tem mais possibilidades do que eu, está a perceber?
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tree | Mas isto não anda [vocalização] isto não anda lá muito longe, não.
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tree | INF1 Não anda lá muito longe, não.
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tree | Porque eu [vocalização] nasci nasci completamente a baldear terras para semear arroz, para plantar.
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tree | INF1 Sei tratar dele, [vocalização] sei-o cozer e sei-o comer.
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