tree | |
tree | INF1 Quando eu vim para aqui, estas árvores estava quase tudo morto.
|
tree | as pessoas assim: "Ó senhor Galeno, então, [pausa] pode essas árvores"!
|
tree | Eu dizia: "Não senhor. Não se mexe nas árvores.
|
tree | Feridas demais já elas têm.
|
tree | E então deixa-se sarar as feridas primeiro
|
tree | e depois é que se limpa".
|
tree | |
tree | |
tree | INF1 Porque nós se cortarmos um dedo todos os anos, todos os anos, é um caso sério, não é?
|
tree | |
tree | INF1 E a árvore, diz-se: "É árvore,
|
tree | não se dói"!
|
tree | , sim senhor!
|
tree | |
tree | INF1 Deixa-se primeiro folgar um ano ou dois
|
tree | e depois é que se trata delas, não é?
|
tree | Porque eu fui lá para um pomar que estava morto.
|
tree | Quando de lá saí, [vocalização] o pomar era pequeno,
|
tree | mas já nessa altura já valia trinta e tal contos, a laranja.
|
tree | E quando eu fui para lá, a laranja valia um conto e quarenta e dois e quinhentos.
|
tree | Está a ver, aqui na praça…
|
tree | INF2 Nem tinha sequer uma folha verde.
|
tree | Eram só aqueles troços secos.
|
tree | INF1 É que não tinha uma folha verde.
|
tree | |
tree | INF2 Quando a gente de lá abalou era um mimo de quinta!
|
tree | Pois.
|
tree | INF1 E o dono disse-me assim então quando eu fui para lá: "O senhor depois dê uma limpezazinha a essas árvores".
|
tree | "Isso é que eu não faço!
|
tree | Se o senhor quer que eu que eu dê cabo delas, que as acabe de matar, é ir limpá-las agora nesta altura.
|
tree | lá tomar força primeiro que depois a árvore tem a força e sara a ferida de repente".
|
tree | |
tree | |
tree | INF1 Pois.
|
tree | Isto é mal comparado:
|
tree | [vocalização] a gente quando somos novos, damos um golpe, com [vocalização], afinal, qualquer coisa assim aqui.
|
tree | A gente cura sempre mais depressa que quando temos já uma certa idade.
|
tree | |
tree | INF1 Porque não fica estas cicatrizes assim.
|
tree | |
tree | INF1 Pois.
|
tree | A carne cresce.
|
tree | |