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| tree | INF Est- Não.
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| tree | Trabalhava.
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| tree | Ele trabalhava de carpinteiro – não é? –
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| tree | e logo foi para Lisboa.
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| tree | Ele morreu-me em Lisboa.
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| tree | INF Trabalhava em Lisboa.
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| tree | Trabalhava em carpintaria.
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| tree | Morreu em Lisboa.
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| tree | tempo – lá ficou, coitado – não havia meios de o poder trazer.
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| tree | tempo o ordenado dele também era pequenito.
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| tree | Pronto, ficou lá no, [pausa] no hospital do [pausa] de São João – parece que foi.
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| tree | INF No cemitério de São João.
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| tree | É assim a vida.
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| tree | Vamos andando,
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| tree | [pausa] que ele lá vai e eu não tardarei a ir também.
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| tree | INF Ai, ai!
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| tree | Olhe que eu Olhe que eu estive aí [vocalização]…
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| tree | Foi ali pelo Carnaval que me deu uma colite que eu [vocalização] tive o meu filho teve de ir comigo às onze horas da noite para o hospital para Viana.
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| tree | E adiante, isto foi n- na terça-feira à noite – foi no dia de no dia tre- treze de Fevereiro – e na quinta-feira tornou-me a dar
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| tree | e tiveram de ir outra vez comigo para Âncora para o doutor.
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| tree | E ainda estou a dieta,
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| tree | que eu ainda não como…
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| tree | Estou a comer de dieta.
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| tree | INF Ai, ai!
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| tree | Uma colite que me deu que quase morria!
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| tree | INF Pois, pois é isso.
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| tree | INF Nada, eu nada.
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| tree | Elas bem compram, coitadas.
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| tree | Eu digo: "Vocês têm de comprar aí"…
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| tree | aí um bocado de carne
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| tree | e eu meto-a no frigorífico – que eu não tenho, mas tem a minha nora –
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| tree | e vou-a pôr lá
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| tree | e vou tra- trazendo aos bocadinhos,
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| tree | cozidinha.
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| tree | Tem de ser tudo cozido.
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| tree | Não posso comer nada…
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| tree | INF Não posso comer nada [vocalização] estrugido.
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| tree | De estrugido nadinha!
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| tree | Tudo ou grelhado ou cozido.
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| tree | Mas, [vocalização] então!…
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| tree | INF Sim.
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| tree | bem.
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| tree | [pausa] Eu como ando pouco…
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| tree | Até hoje, até quando ia buscar um bocado da carne lá – que eu logo parto-a aos bocadinhos e ponho cada qual bocadinho na sua saquinha para [pausa] para, trago um bocadinho daquela saquinha para não estar a abrir a saca e a partir –, hoje quando ia buscar lá, a minha nora já não estava na casa, já tinha saído.
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| tree | E: "Pois e agora o que faz de comer"?
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| tree | E eu digo: "Ai, eu faço muito bem para mim"!
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| tree | Fiz ali a minha sopinha,
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| tree | uma batata,
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| tree | ,
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| tree | uma manadinha de arroz,
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| tree | uma cenourinha cortadinha,
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| tree | um bocadinho de azeite
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| tree | e [vocalização] e logo ainda botei uma couvinha desta penca, cortadinha, cortadinha.
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| tree | Olhe e tenho…
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| tree | Comi ao meio-dia
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| tree | e já tenho para a noite.
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| tree | Pronto, já tenho a minha comida feita!
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| tree | INF Sim, para o dia todo.
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| tree | E passo bem.
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| tree | A gente já chegamos a uma certa idade que já a gente come menos.
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| tree | [pausa] Sustenta-se com pouco.
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| tree | Eu de manhã bebo um gole de cevada
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| tree | e estou inté ao meio-dia.
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| tree | Não como também.
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| tree | INF Não como de manhã.
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| tree | Mesmo quando me deram comprimidos para tomar agora quando estive assim, tinha de tomar dois [vocalização] ao almoço, ao meio do almoço.
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| tree | E depois tomava um às dez horas [pausa] do dia.
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| tree | E depois tomava outro antes de do comer ao meio-dia.
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| tree | E depois ao meio do comer – a m- a meia hora antes do comer e logo ao meio do comer – dois.
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| tree | E depois de tarde outro, [pausa] às sete da tarde.
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| tree | E an- [vocalização] E antes do comer, meia hora, outro.
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| tree | E depois ao meio do comer outra vez.
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| tree | Mas eu de manhã não comia,
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| tree | tomava.
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| tree | Sim, os de de manhã só só tomava o que tomava às dez horas,
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| tree | o mais não tomava mais nenhuns que não comia.
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| tree | Bebo o gole da cevada…
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| tree | Pronto, já estou!
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| tree | [vocalização] A gente passa.
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| tree | a uma certa idade já a gente está feito,
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| tree | a gente não precisa de muito comer.
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| tree | É assim.
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