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tree | INF Espremer.
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tree | INF Como é que se chama?
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tree | Chama-se Chama-se crestar uma colmeia.
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tree | INF Crestava-se aquilo…
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tree | Olhe, aquilo naquele tempo, fulano ia lá onde é que ela estava,
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tree | fazia ali um fogo… [pausa] com uma mancheia de ramas de esteva
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tree | e dava-lhe fumo ali por baixo – hã? –,
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tree | e elas apanhavam ali uma mancheia de fumo.
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tree | Depois voltávamos assim a soprar pelo buraco,
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tree | pusemos assim um cortiço – hã? –, um com sem nada por cima e outro por baixo,
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tree | toca a bater:
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tree | truz, truz, truz, truz, truz, truz, truz, truz, truz, truz, truz, truz, truz!
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tree | Batíamos ali um pouco assim,
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tree | elas começavam a sair, hã?
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tree | INF Começavam a sair,
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tree | entravam para dentro do cortiço,
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tree | não tinha nada…
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tree | [pausa] E sempre ficavam depois umas abelhinhas ali,
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tree | mas, já ficavam com o fumo, já ficavam bêbedas
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tree | já não fi- já não picavam.
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tree | INF Pronto!
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tree | E depois pegávamos naquilo,
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tree | trocá- levávamos aquilo às costas para o monte, lá da malhada.
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tree | INF Depois de malhar a colmeia, pois levávamos para o monte.
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tree | Chegávamos lá ao monte,
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tree | o tampo,
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tree | desconchávamos de lado,
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tree | levávamos para ali um alguidar, com um ramo um [pausa] de mato, para sacudir as setas, para não levar abelhas.
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tree | E pondo ali aquilo um bocadinho, depois é que levávamos para lá
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tree | e depois era espremido [pausa] à mão.
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tree | INF Nesse tempo era espremido à mão.
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tree | A gente agarrava na mão,
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tree | espremíamos ali aquilo assim, tudo muito bem, com uma seta,
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tree | ali com força
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tree | e íamos espremendo,
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tree | espremendo,
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tree | espremendo,
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tree | espremendo.
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tree | Esprememos o mel ali para dentro duma bilha – até era para cima dum joeiro;
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tree | e desse joeiro é que era para baixo, para dentro do coiso.
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tree | Depois, desse joeiro depois, quando aquilo estando espremido com mais tempo, punha-se dentro duma peneira.
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tree | A peneira era muito mais fininha,
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tree | INF e então era dali que o mel que ia à, ia ia para baixo.
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tree | INF Pois.
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tree | E depois de aquilo tudo feito, tudo espremido, a cera era escaldada,
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tree | [pausa] faziam-se rebolos de cera…
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tree | [pausa] Pois.
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tree | E essa cera até servia para ir, depois, ir para os sapateiros.
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tree | INF Punham depois Depois punham aquilo, essa cera, em cima dum em cima dum fogo, numa telha,
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tree | e aquilo corria para baixo.
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tree | E aquilo depois fazia aquela cera amarelinha que era para os sapateiros pisgarem as linhas para coserem o o cabedal.
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tree | INF Pois.
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tree | E [vocalização] essa E depois essa água que ficava dessa cera escaldada que fazia-se os rebolos, com água escaldada…
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tree | INF Nessa cera, a gente punha água lá dentro,
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tree | desmanchávamos os rebolos da cera, pois, dessa que a gente tínhamos espremido, tudo a bocadinhos.
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tree | E depois dessa água que ficava punha-se ao fogo dentro dum tacho [pausa] –
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tree | água que ficava depois punha-se ao fogo dentro dum tacho –,
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tree | era donde se fica- fabricava então a tal dita água mel.
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tree | INF Pois.
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tree | E depois essa água mel [pausa] comia-se com pão
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tree | e até servia para mezinha –
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tree | e serve ainda para mezinha:
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tree | fulano quando estando muito constipado,
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tree | INF às vezes dá constipações,
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tree | em lugar de beber um chá de ferrugem, não bebe um chá de ferrugem.
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tree | Vai ali
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tree | pega numa gotinha daquela água mel,
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tree | despeja ali dentro duma caneca,
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tree | ou com uma gota de água além ao fogo [vocalização] fervendo, bota-lhe ali uma pinguinha ali para dentro,
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tree | mexe aquilo bem, que aquilo fica ali bem preto,
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tree | debaixo das mantas,
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tree | bebe aquilo assim quentinho…
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tree | INF No, no outro dia No outro dia já está mais diferente!
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