| tree | INF1 Depois dessa [vocalização] dessa função de da vessada, ia-se gradar a terra.
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| tree | Era uma função muito trabalhosa!
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| tree | INF2 Muito dura!
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| tree | INF1 Muito dura!
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| tree | Era muito duro aquele serviço!
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| tree | E era muito duro porque era feito [pausa] com grades de pau com dentes.
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| tree | INF2 Uns dentes de ferro.
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| tree | INF1 Ia à frente uma grade com dentes.
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| tree | Eu ainda tenho uma em casa do caseiro.
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| tree | Ainda vi há dias uma encostada à porta que lhe dei quando comprei o tractor,
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| tree | ficou para lá
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| tree | e depois ele também deixou, [pausa] e tal,
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| tree | e ele ofereceu-ma a a, a mim.
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| tree | INF2 E a pessoa ia atrás.
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| tree | E a pessoa ia atrás por cima da terra, a segurar na…
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| tree | INF1 Ia à frente a chamar, nas leivas, à frente a chamar o gado, porque o gado o gado não tinha qualquer limite.
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| tree | INF2 Iam outros atrás.
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| tree | INF1 O gado ia para cima da terra,
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| tree | pois era preciso chamar
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| tree | porque senão não ia direito.
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| tree | INF1 É que quando uma rês quando tem um rego habitua-se perfeitamente a andar no rego e não sair.
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| tree | [pausa] Até há o ditado que diz:
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| tree | "Boi velho não erra o rego"!
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| tree | Quer dizer, não sai do rego.
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| tree | E chega fora
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| tree | e entra muito bem ao rego.
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| tree | [vocalização] Até, por exemplo, [vocalização] os animais de sachar o milho:
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| tree | nós tivemos aqui uma égua que andava sozinha.
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| tree | Chegava fora
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| tree | e virava no rego seguinte.
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| tree | INF1 E tinha até uma coisa muito curiosa essa égua:
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| tree | é que quando se acabava…
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| tree | O problema maior que ela tinha é que quando se acabava, num campo, de sachar…
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| tree | Porque ia-se às vezes nesses campos grandes,
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| tree | quatro, três vezes ou quatro, sachar.
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| tree | Tinha um problema grande:
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| tree | é que quando se acabava o campo, não se dizia nada à burra
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| tree | e ela estava sempre com a ideia para aquele campo
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| tree | e no dia seguinte era era um caso sério,
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| tree | porque ela tinha sempre a ideia de ir para aquele campo.
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| tree | INF1 E eu, às vezes, era rapazote
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| tree | e é que ia a cavalo nela, porque ela era muito mansa – era muito velha já! –
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| tree | [pausa] e acontece que ela teimava comigo porque queria ir para o campo aonde tinha andado.
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| tree | INF1 Nós tínhamos um rio, acolá em baixo – que a senhora deve-se lembrar –, acolá em baixo no regato,
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| tree | e, às vezes, era também um castigo porque ela quando levava sede, é claro, chegava ali, estendia logo, e coisa, para ir.
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| tree | E eu, às vezes, virava-me<
| tree | e ia cair dentro do rio.
| | tree | Risos Às vezes ia cair dentro do rio.
| | tree | O rio tinha sempre…
| | tree | Porque era um rio de terra,
| | tree | era um regato com um bocado de água ancorada e tanto e tal,
| | tree | mas só que tinha uma pedra de lavadouro, onde se lavava…
| | tree | Lava-, estava Estava quase sempre lá gente a lavar.
| | tree | INF2 Era o rio da [nome próprio].
| | tree | Era o rio.
| | tree | O rio da [nome próprio].
| | tree | INF1 E eu ficava espetado naquele lodo,
| | tree | tinha de sair e vir para casa mudar de roupa, e tal,
| | tree | que aquilo só tinha lodo, e tal.
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