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| tree | INF Uma vez, um espanhol…
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| tree | [pausa] Um espanhol, uma vez, semeou uma seara numa cova, assim num brejo desses.
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| tree | em água,
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| tree | nunca deu nada.
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| tree | Dizia ele:
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| tree | "Deixa estar
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| tree | que eu para o ano hei-de semear uma seara no cabeço".
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| tree | outro ano, semeou a seara lá em cima no cabeço.
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| tree | Veio uma seca,
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| tree | acab- acabou-lhe com a seara,
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| tree | também não colheu nada.
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| tree | E depois, diz ele,
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| tree | outro ano, diz ele:
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| tree | "Este ano hei-de semear na cova e no cabeço".
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| tree | E dizia ele para os outros espanhóis:
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| tree | "Este ano tenho Diós preso pelas patas"!
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| tree | "Então"?
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| tree | "ombre, olha, se vier um Inverno, cria-se a a seara do cabeço;
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| tree | se vier uma seca, cria-se a da cova".
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| tree | De maneiras que o que é que havia de acontecer?
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| tree | [pausa] De Inverno veio uma, uma ve- uma inverna grande,
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| tree | a da cova;
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| tree | depois lá mais por diante, já de Primavera, veio uma seca muita grande,
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| tree | a do cabeço também.
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| tree | Nunca aproveitou nem uma nem outra.
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| tree | Risos E ele já dizia que tinha Diós preso pelas patas.
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| tree | Risos Foi.
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| tree | Mas nunca nunca foi capaz de o prender.
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